quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Após troca de tiros com a Polícia assaltante pede e recebe oração de pastor antes de morrer

Um dos assaltantes que participou da tentativa de assalto ao caixa eletrônico da agência da Previdência Social (INSS) na noite de terça-feira (16), em Belém, recebeu um último gesto de misericórdia antes de morrer. O homem foi baleado durante troca de tiros com a Polícia, quando a ação criminosa foi flagrada. Ele foi atendido, mas não resistiu aos ferimentos, minutos antes conversou com um pastor de igreja evangélica.

Eu estava indo para a igreja quando me falaram do que estava acontecendo. Quando cheguei tinha muita gente, mas alguém me chamou e disse que um deles queria falar comigo", relata o pastor Zildomar Campelo, que coordena há 15 anos a Assembleia de Deus da esquina da avenida Nazaré com a travessa Dr. Moraes, bem próximo do local do tiroteio.


O jovem estava deitado no chão, ensanguentado quando Zildomar começou a conversa, que durou cerca de 20 minutos. "Ele ainda estava muito lúcido, disse que queria conversar. Me disse que queria pedir perdão para a mãe dele. Que queria pedir perdão para Deus. Falou que já tinha ido na nossa igreja com a mãe dele. Naquele momento fiz uma oração e ele quis se reconciliar com Deus, um expressão que a gente usa quando alguém se arrepende", conta.


A situação delicada, segundo o pastor, é a missão de todo cristão. "Todo cristão tem como objetivo principal morar com Deus no céu. É bíblico. A Polícia fez o que tinha que fazer, mas é o nosso papel como cristão ajudar os outros nas aflições. Tem gente que não entende, mas temos que amar ao próximo. Tanto um policial quanto o criminoso diante de Deus são pessoas que devemos amar. Por isso que não me intimidei de ir lá", comenta o pastor.


Ele ainda cita um versículo bíblico da primeira epístola de Pedro. "O apóstolo já dizia 'Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados', e é isso que precisamos fazer, amar o outro. Já passamos por situações semelhantes, de gente que sofreu com o espacamento e depois pediu uma oração. Como pastor e como cristão, estamos sujeitos a isso", declara.

Fonte:G1
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