sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Projeto da PM apresenta cobra de quase 4 metros a crianças em Feira de Santana


A curiosidade estava estampada no rosto de todos. As mãos de diversas crianças e adolescentes deslizavam sem medo pelo animal exótico de quase quatro metros de comprimento, uma cobra do espécie píton, réptil que pode ser encontrado em países asiáticos e da África. A experiência inusitada ocorreu na quinta-feira (4) em uma escola do bairro Rua Nova, por meio de um projeto realizado pela Polícia Militar com a comunidade.
O sargento da PM Márcio Batista, coordenador de gestão da Base Comunitária da Rua Nova, conta que este é um projeto muito interessante feito com cerca de 40 crianças e adolescentes de 12 a 16 anos, chamado Jovem Líder de Base. Nas ações, os policiais abordam temas como educação ambiental, cidadania e valores, que segundo o sargento, estão se perdendo no dia a dia. Ele contou ainda como surgiu a ideia de levar uma cobra para os adolescentes conhecerem.

Das três cobras que nós trouxemos, a que teve mais sucesso foi a píton, de três metros e sessenta. Mantivemos contato com um funcionário da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que cria essas cobras, e ele sugeriu fazer um trabalho onde as crianças teriam oportunidade de vivenciar uma realidade que elas jamais teriam oportunidade, porque são cobras exóticas, que vêm de outro país, e foi muito interessante”, relatou o sargento.
Apesar do tamanho, não houve espaço para medo entre as crianças, pois de acordo com Márcia Batista as cobras não são peçonhentas. “Essas cobras que nós trouxemos ontem não são venenosas, não têm os dentes caninos e foram reproduzidas e criadas em cativeiro, sempre em contato com os humanos”, explicou.
Ele ressaltou ainda que no caso da píton e das outras cobras mostradas no projeto que foram de menor porte, elas estão sob os cuidados de um criador que possui autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), de forma legalizada, e não podem ser soltas na natureza.
“A legislação ambiental brasileira proíbe o trânsito de animais exóticos no país, e caso eles entrem no país de forma ilegal, não podem ser soltos no meio ambiente, pois não se conhece a cadeia alimentar deles e os impactos que podem causar se forem soltos na natureza”, informou o coordenador da Base.
Sobre a repercussão que o animal ganhou, ele disse que foi uma surpresa grande. “A gente no início tinha somente o interesse de levar os animais para as crianças desse projeto. A gente faz esse projeto duas vezes por semana e está desenvolvendo agora esse trabalho com a natureza, e aí a gente passou na base para os policiais conhecerem, e a população vendo a movimentação se aproximou. Isso aproxima cada vez mais a polícia da comunidade”, comemorou.
Fonte:Acorda cidade 

Por Blog do Venas
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