Eram cerca de 2h de quarta-feira quando Efigênia Dias de Moraes Barros, de 41 anos, e o namorado, Julimar Custódio de Oliveira, de 32 anos, apareceram na casa de Rosimara. Segundo a jornalista, Efigênia disse que precisava falar sobre algo relacionado aos dois genros - seus filhos, de 21 e 22 anos, são casados com as filhas da suspeita. Como de costume, Rosimara a recebeu e começou a preparar um café para a mulher. Foi quando algo inesperado aconteceu.
— Eu costumava emprestar a ela cheques em branco para que deixasse como garantia em um açougue, onde comprava fiado. Ela disse que me devolveria até o dia 30, o que não aconteceu. Então fui até o açougue saber se estava lá. E não estava. Fiquei intrigada, onde poderia estar? Mas deixei para lá, pois ela era praticamente da família, e imaginei que fosse me devolver. Ela soube disso, e, enquanto preparava o café, me questionou sobre isso. Disse que eu a havia desmoralizado no açougue. Foi quando ela me deu um tapa no rosto e disse que iria “acertar as contas” comigo — relata.
Dali em diante, Rosimara ficou sob poder do casal. A jornalista conta que tentava se justificar, mas que recebia em troca tapas e socos. Segundo ela, após as primeiras agressões, os dois a arrastaram até o quarto, onde foi abusada sexualmente sob a mira de uma faca.
— Eles tiraram a minha roupa e começaram a me tocar. Diziam que “a brincadeira estava só começando”. Sempre que resistia, levava tapas e socos. Ela dizia que ia me matar a todo momento — lembra
Quando a agressora foi até o quarto ao lado desligar o telefone de Rosimara, que tocava insistentemente, a jornalista viu ali uma oportunidade de fugir. Desceu correndo as escadas e foi até o meio da rua pedir ajuda. Porém, acabou arrastada de volta para casa, onde foi submetida a outras agressões.
— Ela disse que a brincadeira ficaria diferente, e começou a arrastar a faca pelo meu corpo, pescoço, rosto. Eu implorava para ela não me matar, para pensar em nossos netos. Mas ela retribuía com socos, e dizia que estava com muita raiva de mim. Até que me levou para debaixo do chuveiro, pois estava muito ensanguentada, e disse que me mataria no banheiro. E mandou o namorado amolar a faca — conta.
No fim das contas, o casal mudou os planos e acabou fugindo em um carro. Quando Rosimara percebeu que a casa estava vazia, desceu as escadas correndo, trancou a porta e ligou desesperada para a família. Vinte minutos depois, a irmã chegou e a levou até um pronto-socorro do município de Inhapim e, em seguida, para o quartel da Polícia Militar. Rosimara conta que teve um pequeno coágulo de sangue na parte frontal do cérebro, uma fratura na face - acima do olho - e que levou pontos no braço.
Por volta das 6h, os suspeitos foram presos pela polícia em casa, e levados até a delegacia da cidade. Efigênia e Julimar estão presos no Presídio de Inhapim. Segundo a polícia, Efigênia confessou o crime. A Polícia Civil informou que as motivações do crime estão em investigação, e que testemunhas serão ouvidas sobre o caso.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Caratinga.
— Tenho medo de que eles sejam soltos, pois são réus primários. Só vou ficar tranquila quando forem condenados — desabafa.
Fonte: Extra Por Blog do Venas
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