quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Aécio quer corrigir 'falhas' e 'exageros' no seguro-desemprego

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou que pretende, caso eleito, corrigir "falhas" e "exageros" existentes hoje, segundo ele, no seguro-desemprego. A declaração foi feita em entrevista concedida nesta quarta-feira (3) ao Jornal o Globo, quando o senador foi questionado sobre que restrição faria à concessão do benefício.
Nós estamos debatendo intensamente como reorganizar o seguro-desemprego. Existem exageros, sim, que têm que ser contidos", respondeu o candidato, acrescentando que o programa de governo, a ser lançado no dia 15, terá detalhes sobre como isso vai ser feito
Instituído em 1990, o seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária dada pelo governo a trabalhadores desempregados sem justa causa. O valor varia de acordo com a faixa salarial, e é pago em até cinco parcelas mensais, conforme a situação do beneficiário.
"Nós vamos organizar melhor essa questão do seguro-desemprego, que inclusive é uma criação do PSDB, do então deputado José Serra. O que nós queremos ver é onde estão as falhas, onde estão os exageros e corrigi-los, como vamos fazer em todo o governo, em todos os programas", disse depois Aécio, quando indagado novamente sobre eventuais limitações na concessão do benefício.
Ao falar sobre o tema, Aécio comentou sobre os números do desemprego no país, destacou que os empregos formais gerados no mês de julho foram "os menores no século" em comparação com julhos de anos anteriores. "O filme em relação ao emprego é também preocupante, nós vamos ter taxas de desemprego crescendo pelos próximos meses".
Em seguida, ao falar de forma genérica sobre os programas do governo, Aécio disse que eles precisam ter "eficiência" e que devem dar "resultado" para serem mantidos. "Hoje no Brasil não há qualificação dos programas, sejam os programas sociais, e mesmo na condução, por exemplo, da política econômica, no que diz respeito às desonerações. Não há o acompanhamento de que benefícios efetivos essas políticas públicas vem trazendo ao Brasil e muitas delas não trazem benefício algum a não ser para os beneficiários", disse Aécio.
Direitos trabalhistas
Em outro momento da entrevista, Aécio Neves foi questionado sobre os custos dos empregadores para arcar com direitos trabalhistas. "O senhor considera a CLT intocável, mesmo afirmando que está na carga que um empregador paga por funcionário que emprega, um dos maiores problemas para o custo Brasil?", perguntou o jornalista William Waack.

Aécio disse que não pretende alterar os direitos trabalhistas. "Agora, desde que haja disposição das partes de negociar, isso tem que ser estimulado por qualquer governo, em razão de especificidades de cada categoria, sem, obviamente, afrontar as leis trabalhistas".
O candidato também foi questionado se a regra em vigor para o aumento do salário mínimo (crescimento do PIB de dois anos antes mais a inflação do ano anterior, que já prometeu manter) iria continuar servindo de referência para reajuste das aposentadorias, que impacta a previdência pública. "Não pensamos nessa desindexação. Isso foi uma conquista que vai ser mantida", respondeu.
Questionado se acabaria com o Fator Previdenciário (mecanismo que diminui o valor de aposentadorias precoces), Aécio disse quer discutir o assunto com as centrais sindicais e que ainda não poderia assumir compromissos nesse momento. Disse, no entanto, que quer garantir aumentos reais para os aposentados e que tem como proposta somar à atual correção "um cálculo baseado no aumento médio da cesta de medicamentos".Fonte G1

Por Blog do Venas
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